Precisamos primeiramente explicar o que são os devas ou micro espíritos das plantas, para que se possa compreender como uma planta atua no campo energético dos seres, além da sua correlação com os Orixás.
Deva ou micro espírito é a egrégora da planta que a conecta ao Universo sutil e espiritual, que sustenta a relação entre a bioquímica da planta e suas propriedades espirituais. Podemos analisar ambas as situações e verificaremos que estão corretas.
Ao estudar a Fitoterapia, indicamos sempre o estudo das ervas e plantas legalizadas e cientificamente homologadas pelos respectivos institutos federais, para que se possa ter um respaldo efetivo.
Pelo aspecto espiritual, existe o conhecimento popular e a prática dentro da Umbanda e do Candomblé, que ajudaram a codificar as propriedades das plantas no decorrer da formatação da cultura brasileira, a exemplo de outras culturas milenares, como a chinesa e indiana, que cultivam e empregam ervas de poder clínico e espiritual.
Sabemos que o poder e as características das plantas são empregados há milhares de anos. Porém, temos que entender melhor o processo, de forma a podermos usar as ervas em sintonia com a energia do Método Omrom e da Ordem Santa Esmeralda.
Na antiguidade, diversos povos como os egípcios, sumérios, babilônios, hindus, budistas, gregos, romanos, celtas, árabes, nativos das Américas, nativos da África, judeus e católicos utilizavam incensos ou outras formas de defumação com plantas e produtos aromáticos da natureza. Isso porque no passado, as lendas descrevem como técnicas ensinadas pelos deuses, para que as pessoas pudessem se limpar ou se proteger das impurezas ou das energias do astral negativo.
Cada erva possui uma capacidade divina, em conformidade ao poder espiritual de seu Deva ou Orixá. Segundo uma explicação do amado Ramatis quando questionado sobre ervas, diz que, ❝ao serem queimadas são desprendidas determinadas substâncias que interagem com o plano espiritual e afastam Seres de energia mais densa ou até mesmo umbralina”.
Existem muitas linhas dentro das diferentes escolas de Umbanda e Candomblé que empregam ervas para limpeza, descarrego, harmonização e até mesmo para cura, sem contar a parte da Fitoterapia, através da ingestão oral do princípio ativo das ervas. Estes temas poderão ser estudados gradualmente, mas não é uma linha determinante dentro do Método Omrom, justamente por existirem muitas vertentes e um fator que poucos sabem: “Quando uma pessoa é feita no Orixá e teve o processo realizado em sua cabeça, o efeito das ervas e das plantas é diferente em relação à uma pessoa que não passou pela iniciação de cabeça com seus Orixás”. Por isso surgem distorções e mal-entendidos sobre quando e como usar as ervas.
Conforme a combinação de Orixás ligados às substâncias que compõem a química da planta, temos um maior ou menor gradiente de alcalóides e outras composições na combinação espiritual e química da planta. Portanto, o estudo deste tema é delicado e exige que busquemos profissionais sérios e experientes, para que realmente possamos entender a diferença, pois as ervas podem ser usadas para banhos de descarrego e banhos revitalizadores, defumação e como chás e remédios fitoterápicos. Ou seja, são princípios diferentes, que muitas vezes não apresentam funções em comum, pois são raros os estudos dentro dessas diferentes linhas.